Na abertura mais ampla do Vale do Rio Mezio, que corre, vagaroso, por campos planos e ricos. Foi a agricultura a maior riqueza desta terra, como poderá testemunhar o imponente solar da Quinta da Tapada, vigilante, sobre os lameiros.
Os primeiros registos que nos surgem, desta freguesia, são relativos aos bens deixados pelo clérigo Ermígio Viegas ao mosteiro de Santo Estêvão de Vilela, em 1127.
Pelas Inquirições de 1258, o pároco da então designada paróquia de "Sancti Pelagii de Casalibus", refere que a igreja era pertença do Mosteiro de Roriz, cuja confirmação era do Bispo do Porto.
Em 1513 a freguesia de São Paio de Casais encontrava-se incorporada no foral de Aguiar de Sousa, outorgado por D. Manuel a 25 de Novembro.
Em 1758, o abade Manuel Freire refere que o orago da freguesia é São Paio e a sua imagem encontra-se no altar-mor, e nos dois altares colaterais a imagem do "Santo Nome" e da Senhora da Consolação (sendo privilegiada com "bulla"). Refere também que a paróquia é abadia de “Concursso”.
Igreja: É um edifício muito equilibrado na sua construção, desenhado com bastante originalidade e imponência. Será obra dos finais do século XVIII, aumentada posteriormente, já ao gosto de Oitocentos.
Capelas: A Capela do Calvário é um pequeno templo, mas muito gracioso na sua traça globalmente Setecentista. A Capela de Santo António, também uma construção dentro da linguagem do Barroco, destaca-se pela simplicidade e sobriedade das linhas. Ambas são públicas e vinham já referidas nas Memórias Paroquiais de 1758.
Outros locais de interesse: Em Casais podemos reviver algumas das tradições mais autênticas da vida agrícola doutros tempos. A freguesia conserva e dinamiza com actividades regulares um engenho de linho e um característico moinho de rodízio.
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